A dor crônica pode ocorrer em diferentes partes do corpo em pessoas de várias idades. Por exemplo, pode ocorrer nas costas de uma pessoa e nas pontas dos dedos de outra.
Além disso, a sensação de dor também pode ser diferente. A dor pode parecer latejante, lancinante, em ardência ou como agulhadas. Ela pode ser constante ou pode ir e vir, assim como a intensidade pode variar.
Pessoas com dor crônica frequentemente sentem-se cansadas, apresentam problemas para dormir, perdem o apetite e/ou o gosto pela comida (perdem peso) e pela vida. Até a sua libido pode diminuir. Esses problemas desenvolvem-se gradualmente.
A dor constante pode impedir que as pessoas façam o que elas gostam de fazer. Elas também podem ficar deprimidas e ansiosas, interrompendo suas atividades e evitando a vida social.
Por isso, os médicos especializados na avaliação e tratamento da dor, ao perceberem que os pacientes que já não suportam – não conseguem mais lidar – uma dor crônica, precisam lhes oferecer alívio o mais breve possível, recorrendo ao protocolo mais viável.
O tratamento para a dor sempre se baseia no diagnóstico e, geralmente, o tratamento clínico começa com medicação via oral, um tratamento que o paciente possa fazer por semanas ou alguns meses. Porém, esse tratamento precisa ser nitidamente positivo e apresentar alívio para a queixa do paciente.
Então se o paciente chega com uma dor de cabeça, uma neuralgia no trigêmeo ou tem algum herpes zoster, é preciso, após iniciar o tratamento, verificar se depois de 15 a 20 dias, a medicação via oral surtiu efeito.
Se não apresentar melhora, se ficar claro que esse caminho (medicação oral) não está dando certo, é preciso recorrer a uma segunda opção, tentar outros métodos.
Algumas vezes, a pessoa tem um “ponto gatilho” que desencadeia a dor. Então é a partir dele, que o médico vai observar, durante 10 a 15 dias de medicação, se o problema (dor) foi resolvido. Caso não exista melhora, é necessário repensar o tratamento.
Pode ser necessário, por exemplo, fazer bloqueios analgésicos, com infiltrações no local em que o paciente apresenta a dor. Dependendo da intensidade da dor e ao perceber que não há alívio, é inevitável tentar esse protocolo mais agressivo. A infiltração de bloqueio analgésico é uma tentativa que se faz, só após a medicação via oral não alcançar êxito.
Nesse caso, o médico seleciona a área que está doendo e faz a infiltração com agulhas em funções seriadas e regulares – uma ou duas vezes por semana –, dependendo da dor do paciente.
O objetivo é resolver a dor que não melhorou com a medicação via oral, pois a técnica do bloqueio – ou até procedimentos mais invasivos como as cirurgias – pode ser a estratégia/protocolo que vai resolver o problema.
Doenças crônicas (tais como câncer, artrite, diabetes ou fibromialgia) também podem causar dor crônica. A dor crônica também pode resultar de uma lesão, mesmo uma lesão leve, se as fibras e células nervosas tonaram-se sensíveis.
Até mesmo a ansiedade, a depressão e outros fatores psicológicos podem ajudar a explicar uma dor que surge em pessoas que aparentemente estão bem.
Por isso é tão importante que o paciente seja atendido por médicos especializados na avaliação e tratamento da dor. Só eles têm formação e experiência para fazer o diagnóstico certo.
A Dra. Maria de Fatima Faria Bifano – médica neurocirurgiã (especialista em neurocirurgia) formada pela FAMERP com especializações (cursos) na avaliação e tratamento da dor pela USP e Sociedade Brasileira do Estudo da Dor (SBED) – que atende, há quase 40 anos, pacientes com dor crônica, sempre busca selecionar o melhor tratamento para os seus pacientes, buscando significativo e rápido alívio da dor para que esses passam voltar a desfrutar de mais qualidade de vida.
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